Ontem, dia 2 de Novembro, fez exactamente um ano que Andy
Irons morreu. Naquele que é um dos marcos mais dolorosos na história do surf
mundial, é nosso dever relembrar que para além da dor e tristeza que agora
circunda o havaiano, ele foi alguém que durante boa parte da sua vida nos
inspirou e nos proporcionou alguns dos momentos mais emocionantes e bonitos da
história do surf competitivo.
Andy Irons, campeão mundial da ASP em 2002, 2003 e 2004,
mestre em Backdoor/Pipeline, arqui-rival de Kelly Slater, podíamos fazer aqui
numa lista sem fim.
Sentimos a falta dele este ano, especialmente na etapa de
Teahupo, última etapa que Irons ganhou no Tour e onde agora se celebra o prémio
Andy Irons Forever para o surfista que mais go for it demonstrar (este ano foi
Jeremy Flores) na pesada esquerda. No mar naquelas condições, quem apostaria
contra o mais velho dos irmãos Irons? E mesmo no tow-in, quem duvida que
algumas das mais incríveis imagens seriam dele?
Foi pouco falado, talvez nada falado, mas também se sentiu a
falta de Andy Irons em Peniche. Útimo evento onde Andy competiu. Evento em que
com aquele mar magnífico, Andy brilharia como só ele sabia brilhar.
Ainda custa pensar que Andy Irons já não está entre nós. Mas
é verdade. Cabe-nos a nós agora manter a sua memória viva e ir, a pouco e
pouco, substituindo a tristeza pela alegria. Aquela que em tempos Andy
mostrava. Foi uma perda sentida de forma brutal, uma perda que desfez em
lágrimas homens feitos que nem sequer conheciam Andy para além de fotografias
ou vídeos. Mas era essa a intensidade que Andy passava. E por isso também o
vazio que deixou. Caindo no cliché, para sempre sentiremos a sua falta e
esperamos que esteja bem onde quer que esteja.