sábado, 26 de novembro de 2011

Chamas no estádio da Luz

Os bombeiros sapadores de Lisboa conseguiram apagar o incêndio que deflagrou na zona da "caixa de segurança" do estádio da Luz, onde estavam instalados os adeptos do Sporting.
Várias dezenas de cadeiras estavam a arder no topo do recinto encarnado, num incêndio que decorria sob o olhar apreensivo do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e de elementos da Liga, em pleno relvado.
Cerca de meia hora após o início do incêndio, os bombeiros sapadores de Lisboa conseguiram anular as chamas, num momento em que já não se encontrava qualquer adepto do Sporting no local.
Realce para o facto dos seguranças do estádio da Luz terem impedido, num primeiro momento, o acesso dos fotógrafos ao relvado, tendo mesmo usado de alguma força para empurrar os profissionais que tentavam recolher imagens do incêndio.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Kelly Slater ganhou o seu 11º título mundial


Agora sim, Ke11y Slater! 

Depois do erro, a justa e correcta consagração finalmente chegou. Kelly já ganhou o seu 11º título, depois de avançar para os quartos-de-final do Rip Curl Pro San Francisco.
Depois da falha, a história era a mesma: um heat. Slater estava escalado para competir contra Miguel Pupo e Gabriel Medina no segundo heat do round 4 e nesse, Kelly arrasou com os jovens brasileiros, vencendo com um score de 17.17 contra os 15.33 de Medina e os 14.83 do Pupo. Ao avançar directamente para os quartos, fez mais do que precisava para alcançar o título mundial, o seu 11º, desta vez...de vez.
Na entrevista a seguir ao heat, Slater reconheceu que foi algo stressante voltar a mentalizar-se que tinha um título mundial mas que esta situação foi engraçada e não guardo ressentimentos em relação ao Renato Hickel ou à ASP. Ainda afirmou que estava ligeiramente nervoso por defrontar os dois jovens brasileiros neste tipo de condições (onshore e pequeno) e que tinha esperado que o mar hoje estivesse grande, tubular e offshore, onde sentia que tinha vantagem.
Recuperando alguns dos actuais recordes de Slater, ele é o mais novo (20) e mais velho (39) campeão do Mundo, foi o surfista que mais eventos do World Tour ganhou (48) e aquele que conseguiu o maior total de premiações no World Tour (à volta de 3 milhões de dólares). 
Entretanto a competição continua a decorrer em Ocean Beach e a organização decidiu que só vai terminar o round 4.




Fonte: SurfPortugal

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Slater ainda não é campeão, ASP errou nas contas!

O ainda decampeão foi confirmar a matemática depois de ver um comentário no site Surfline de um utilizador e, depois de fazer as contas certas, chegou à conclusão que ainda tem que ganhar um heat para se sagrar 11 vezes campeão do Mundo. A ASP, no seu site e depois de ser confrontada por Slater no Twitter, já assumiu o erro.

Renato Hickel, tour manager da ASP, reconhece que a entidade se enganou: "O nosso sistema de rankings é concebido para desempatar baseado nos pontos do seeding; Kelly e Owen empataram à melhor de nove em 11 resultados, por isso fomos para os oito melhores resultados em 11 e o sistema deu para Kelly baseado no seu seeding superior. Nós estávamos a basear-nos nisso e foi nessa situação que foram craidos os cenário. Isto foi um erro e nós somos responsáveis ​​por isto e devemos ser responsabilizados enquanto tal. Pedimos desculpas aos nossos fãs, os surfistas e Owen e Kelly".

 Resumindo e concluindo, Kelly ainda não ganhou o seu décimo primeiro título e estes são agora os cenários correctos:

- Se o Kelly ganha ou o Round 4 ou o 5, em San Francisco, ele vai confirmar o seu título mundial ASP 2011.

- Se o Kelly não conseguir ganhar outro heat em San Francisco, Owen deve ganhar este evento para mandar a corrida ao título para o Havaí.

- Se a corrida vai para o Havaí, Kelly tem que avançar um heat para confirmar o seu título mundial ASP 2011. Se o Kelly não conseguir avança um heat em Pipeline, Owen também tem que vencer este evento para ficar na corrida pelo título de 2011.

- Se o Kelly não conseguir avançar em mais nenhum heat esta temporada e Owen conseguir as vitórias em San Francisco e Pipeline, os dois vão empatar no melhor de nove, oito, sete, etc eventos, e o Título Mundial ASP de 2011 terá que ser decidido num heat final entre ambos.

Num tom menos amigável, não podemos deixar de qualificar este erro da instituição máxima do surf profissional mundial como crasso e revelador de um certo amadorismo.

Será que esta cena se vai repetir novamente?
Fonte: SurfPortugal

Slater campeão do mundo pela 11ª vez.


A caminho de São Francisco, onde está a decorrer a penúltima prova do ano, o Rip Curl Pro Search, Slater precisava apenas de vencer dois heats (um 9º lugar) para conseguir mais um título. Depois de ter vencido o seu heat do round 1, Kelly venceu o do round 3 contra Dan Ross. Chega assim ao fim a corrida ao título mundial deste ano no dia em que fez um ano que o Mundo se despediu de Andy Irons.
Foi um ano intenso e emocionante em que Kelly Slater esteve na disputa do título, sobretudo, com o jovem australiano Owen Wright, fazendo ambos três finais seguidas, Kelly vencendo a primeira e terceira, Owen a segunda. O brasileiro Adriano de Souza, vencedor do Rip Curl Pro Portugal e do Billabong Rip Pro, também estava na corrida mas tal como Owen, não conseguiu chegar aos pés de Slater. No ínicio do ano, Joel Parkinson também parecia ser uma carta no baralho.
Ainda assim, foi um ano que começou com alguma incerteza, sem se saber se Slater ia mesmo estar na luta por mais um título, chegando o floridiano a faltar à etapa do Tour de Jeffreys Bay. Mas o espírito competitivo de Slater veio ao de cima e depois de faltar a J-Bay, já não houve quem conseguisse parar a sua sede por mais um título mundial.
No heat que lhe deu o título, Slater teve em Dan Ross um osso duro de roer. O australiano de Yamba esteve muito encontrado com as ondas de Ocean Beach e dominou o heat quase na sua totalidade..mas Slater, nos últimos 5 minutos, encontrou uma direita que lhe deu muito espaço para manobrar e o na altura dez vezes campeão não perdoou e fez mesmo o que precisava para saltar para primeiro e avançar para o round 4, para além de garantir o título mundial.


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Um ano sem Irons


Ontem, dia 2 de Novembro, fez exactamente um ano que Andy Irons morreu. Naquele que é um dos marcos mais dolorosos na história do surf mundial, é nosso dever relembrar que para além da dor e tristeza que agora circunda o havaiano, ele foi alguém que durante boa parte da sua vida nos inspirou e nos proporcionou alguns dos momentos mais emocionantes e bonitos da história do surf competitivo.
Andy Irons, campeão mundial da ASP em 2002, 2003 e 2004, mestre em Backdoor/Pipeline, arqui-rival de Kelly Slater, podíamos fazer aqui numa lista sem fim.
Sentimos a falta dele este ano, especialmente na etapa de Teahupo, última etapa que Irons ganhou no Tour e onde agora se celebra o prémio Andy Irons Forever para o surfista que mais go for it demonstrar (este ano foi Jeremy Flores) na pesada esquerda. No mar naquelas condições, quem apostaria contra o mais velho dos irmãos Irons? E mesmo no tow-in, quem duvida que algumas das mais incríveis imagens seriam dele?
Foi pouco falado, talvez nada falado, mas também se sentiu a falta de Andy Irons em Peniche. Útimo evento onde Andy competiu. Evento em que com aquele mar magnífico, Andy brilharia como só ele sabia brilhar.
Ainda custa pensar que Andy Irons já não está entre nós. Mas é verdade. Cabe-nos a nós agora manter a sua memória viva e ir, a pouco e pouco, substituindo a tristeza pela alegria. Aquela que em tempos Andy mostrava. Foi uma perda sentida de forma brutal, uma perda que desfez em lágrimas homens feitos que nem sequer conheciam Andy para além de fotografias ou vídeos. Mas era essa a intensidade que Andy passava. E por isso também o vazio que deixou. Caindo no cliché, para sempre sentiremos a sua falta e esperamos que esteja bem onde quer que esteja.




Vídeo em memória de Andy Irons: http://www.beachcam.pt/videos.php?id=1800